Dance, dance, otherwise we are lost *
Não percebo nada de dança. Não sei os termos nem as técnicas, não sei dizer se um espetáculo é bom ou é mau, se é inovador ou uma banhada. Tenho aprendido algumas coisas - da história, dos movimentos, dos nomes mais importantes - porque me interesso e leio e falo com pessoas e procuro ver. Mas, ainda assim, se falo com um coreógrafo ou um bailarino interesso-me muito mais pela sua história e pelas histórias que andam ali à volta do que propriamente pelos meandros da criação e os significados das obras. Pergunto-lhe sobre a infância, sobre os filhos, sobre as suas viagens, os livros que anda a ler. Enfim. De dança não percebo nada. Saio de um espetáculo e sou incapaz de elaborar um discurso sobre aquilo, quanto mais uma crítica. Apenas sei dizer aquilo que senti. Se gostei. Se me entusiasmou. Se me emocionou. Se me fez ter vontade de ver mais. Se me deu prazer. Ou não. É pouco, eu sei, mas é o que é.
Esta semana vi dois espetáculos de Anne Teresa de Keersmaeker (e via-a a ela, a dançar). Um frio de rachar e eu cheia de tosse, estive quase para não ir. E, no final, em ambos os dias, aquela sensação de que aqueles tinham sido momentos especiais. Que saí dali um bocadinho mais rica. Que sou um gaja cheia de sorte.
* como dizia Pina Bausch
Esta semana vi dois espetáculos de Anne Teresa de Keersmaeker (e via-a a ela, a dançar). Um frio de rachar e eu cheia de tosse, estive quase para não ir. E, no final, em ambos os dias, aquela sensação de que aqueles tinham sido momentos especiais. Que saí dali um bocadinho mais rica. Que sou um gaja cheia de sorte.
* como dizia Pina Bausch
Labels: jornalismo, teatro
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