Auto-ajuda
Há uma idade, quando estamos na adolescência e achamos que vamos morrer de amor porque o tal da outra turma não nos liga nenhuma, ou quando aquela borbulha na testa nos faz ter vontade de passar o dia enfiadas em casa, ou quando as músicas mais lamechas do lionel richie e do jim diamond nos fazem chorar, há [houve] uma idade em que nós, as raparigas, coleccionamos citações profundas - poemas, excertos de livros, letras de músicas, coisas que tocam a nossa alma sofrida de quinze anos. Escrevemo-las nos cadernos da escola com canetas coloridas e de cheiro a morango. No placard de cortiça ao lado da escrivaninha eu tinha uma frase do Richard Bach (um clássico), escrita com a letra da minha irmã, que dizia mais ou menos assim:
Não te deram um desejo sem te darem, ao mesmo tempo, o poder de o concretizares; contudo, é possível que tenhas de lutar por ele.
Mais ou menos. Cito de cor. É esse o poder da adolescência. Fica impregnada na nossa pele. E depois revela-se nos momentos mais inoportunos. Do nada, pomo-nos a cantar os dire straits ou os new kids on the block. Do nada, lá vem o Richard Bach, uma espécie de segredo antes do tempo dos best sellers.
Não te deram um desejo sem te darem, ao mesmo tempo, o poder de o concretizares; contudo, é possível que tenhas de lutar por ele.
E tantos anos depois não é que o gajo tem razão? Se pensarmos bem, ou se não quisermos pensar de todo. A isto se resume a vida. Um desejo. E a esperança de que se lutarmos o suficiente havemos de alcançá-lo. E lutamos. E sofremos. E pensamos, lá está, é preciso lutar para conseguir. E a puta da vida às vezes dá-nos cabo da cachimónia. Mas, bom, com jeitinho, a coisa faz-se. Há de se fazer.
Não te deram um desejo sem te darem, ao mesmo tempo, o poder de o concretizares; contudo, é possível que tenhas de lutar por ele.
Repetir até à exaustão. Nao te deram um desejo. Eu tenho o poder. Basta lutar.
Mas até quando?
Não te deram um desejo sem te darem, ao mesmo tempo, o poder de o concretizares; contudo, é possível que tenhas de lutar por ele.
Mais ou menos. Cito de cor. É esse o poder da adolescência. Fica impregnada na nossa pele. E depois revela-se nos momentos mais inoportunos. Do nada, pomo-nos a cantar os dire straits ou os new kids on the block. Do nada, lá vem o Richard Bach, uma espécie de segredo antes do tempo dos best sellers.
Não te deram um desejo sem te darem, ao mesmo tempo, o poder de o concretizares; contudo, é possível que tenhas de lutar por ele.
E tantos anos depois não é que o gajo tem razão? Se pensarmos bem, ou se não quisermos pensar de todo. A isto se resume a vida. Um desejo. E a esperança de que se lutarmos o suficiente havemos de alcançá-lo. E lutamos. E sofremos. E pensamos, lá está, é preciso lutar para conseguir. E a puta da vida às vezes dá-nos cabo da cachimónia. Mas, bom, com jeitinho, a coisa faz-se. Há de se fazer.
Não te deram um desejo sem te darem, ao mesmo tempo, o poder de o concretizares; contudo, é possível que tenhas de lutar por ele.
Repetir até à exaustão. Nao te deram um desejo. Eu tenho o poder. Basta lutar.
Mas até quando?
Labels: Adolescência, Vida
10 Comments:
Dessa fase da minha vida ficou-me o "carpe diem" do clube dos poetas mortos. E sim, está sempre a vir-me ao pensamento embora muitos dias sejam muito mal aproveitados.
Em relação à tua questão, resposta parva mas verdadeira: Até conseguires!
O meu marido vivia na África do Sul que estava pejada de madeirenses e ele admira-os imenso. Olhando para essa frase do r. bach diria que é o lema deles: tentam, tentam, tentam, negócio atrás de negócio, corre mal, próximo, a família ajuda, tentam outra vez... e por aí, até que um dia acertam e criam um império. Que tal?!!!
"Be good. Be bad. Just be!"... um pouco mais comercial, é certo... mas era a frase que tinha no meu placard de cortiça e que naquela altura parecia fazer algum sentido...
E entre o aqui e o agora... acho que estás certa :)
Até ao fim.
Também é essa uma das minhas frases. "Ilusões - aventuras de um messias relutante". Dos livros que mais gostei de ler na minha serôdia adolescença.
Adolescência, caraças! Deu-me uma branca, agora... fiquei ali encalhada entre a convalescença e a adolescência, deixei de saber como se dizia. Bebi vinho ao almoço, sim!
Bem verdade, embora continue a optar pelo Carpe Diem, embora isso infelizmente nem sempre aconteça...
bjinho***
a adolescencia marca-nos para sempre...
desde aquela paixao ate ao maior desgosto...
podemos passar por muitas coisas... depois quando ja passamos a fase da adolescencia vem aquelas saudades e depois os cheiros e os sabores que entram em nós e nos tras a nostalgia ...
acho que nunca iremos sair da adolescencia.. teremos sempre alturas onde iremos ter atitudes sem cabeça... afinal somos humanos...
Este blog é mesmo inspirador. É tão bem escrito que chega a dar inveja! LOL
Parabéns pelo dom que tem em saber dizer as coisas autênticas da vida de uma forma tão simples.
Eu desejo o Euromilhões. Desejo muito! Mas tenho de lutar, né?
Se bem que ainda sou uma jovem adulta, já olho para a adolescência com saudade! Menos das borbulhas. E ainda anteontem me nasceu uma bem grande no nariz. Estou deprimida e não vou sair de casa durante todo fim de semana. Tenho dito.
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