Li, finalmente, nestas férias, o livro da "mãe tigre" Amy Chua, pretexto para me pôr a pensar um bocadinho mais sobre esta coisa de educar os filhos e de como não há receitas universais e eficazes porque, por mais que os pais se esforcem, o futuro dos filhos não está nas suas mãos. Os pais podem dar o seu melhor mas têm que contar com uma série de imponderáveis, desde logo a personalidade da criança até às múltiplas interacções que ela estabelece com a família, a escola, os amigos, o mundo. Dois irmãos, educados da mesma forma pelos mesmos pais, nunca serão pessoas iguais. Acho que esta é, com todas as suas implicações, a grande lição do livro. Tinha pensado escrever algo sobre isso mesmo mas, ontem, li um artigo no The Guardian e encontrei as palavras que dizem exactamente aquilo que eu penso:
"The main thing parents 'should' do is stop accepting that they 'should' do anything. We can embrace different approaches to bringing up kids and accept that parenting is not the be-all and end-all of raising a human being. Instead of being constantly forced back on to their own resources under the guidance of experts, parents might focus on creating a society that is helpful and supportive to a variety of adult goals, only one of which is raising children into adults and keeping them out of trouble on the way. We need to calm down about the importance of childhood."
Stuart Derbyshire, psicólogo
(http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/2011/sep/11/childcare-parenting-neuroscience-nurture)
Labels: Filhos