Da impossibilidade
Estava um dia cinzento, com muitas nuvens no céu e um ar abafado, e lembro-me de estar, já depois das notícias, em pleno casino do estoril a entrevistar uma actriz glamorosa e, de repente, a meio da conversa, ficámos a olhar uma para a outra e percebemos que nada daquilo fazia sentido, que não podíamos estar ali a falar de teatro e subsídios e tretas enquanto esperávamos que as torres se desmoronassem. Como se fosse blasfémia falar ou pensar noutra coisa qualquer ao mesmo tempo que havia pessoas a lançar-se em desespero do centésimo andar.
(escrito a pedido do Nuno Galopim e publicado hoje no http://sound--vision.blogspot.com)
(escrito a pedido do Nuno Galopim e publicado hoje no http://sound--vision.blogspot.com)
Labels: jornalismo, memórias
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