Alegria e amor, que mais podemos pedir?
O nosso mais velho ainda dorme de fralda. Só come sopa passada, não come salada nem bróculos nem couve, não come morangos nem pêssegos nem cerejas. A verdade é que na maior parte das vezes se não somos nós a dar-lhe a comida ele não come mesmo nada. Já experimentou três piscinas diferentes e desistiu de todas porque tem medo de mergulhar e não confia nos professores. Também tem medo de ir ao teatro e ao cinema porque acha sempre que o som está muito alto e, se a história for triste ou meter muitos maus, é bem capaz de chorar e pedir para ir embora. Mas não pensem que é um rapaz calminho. Pelo contrário, está sempre ligado à corrente, a pular e a correr por todo o lado, a jogar à bola ou a andar de bicicleta, mesmo dentro de casa e mesmo quando lhe imploramos para ficar quieto, parece que tem bichos carpinteiros, o raio do miúdo. Além disso está na fase de desafiar a autoridade, chama chato, parvo e malvado a toda a gente, faz de conta que não nos ouve quando o mandamos arrumar o quarto, insiste em saltar na nossa cama, levanta-se várias vezes durante a refeição apenas para ir até ali e já venho, e de vez em quando faz umas caras e uma voz de parvo que só dá mesmo vontade de lhe dar uma estalada (controla-te, vá lá, maria joão, controla-te). E, no entanto, quando leio no boletim da escola que este mariola "é muito meigo e gosta de demonstrar afecto" e que "é uma criança muito alegre e muito vivaça, é fácil ouvi-lo rir e essa alegria é contagiante", vêm-me as lágrimas aos olhos de tanto orgulho que sinto e fico com a reconfortante sensação de que alguma coisa de bom nós devemos estar a fazer. Parvoíces de mãe, não há nada a fazer.
Labels: Filhos
1 Comments:
Eheh. Está numa fase cansativa ele..
Beijinhos*
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