Too much
Exigimos demais dos nossos filhos.
Eu, por exemplo, exijo todos os dias a uma criança de quatro anos que se levante às 7.30, que coma os seus cereais sem grande estrilho, que se vista rapidamente, de preferência sozinho, que se despache para sair de casa às 8.15 ou pouco mais, que ande a pé durante dez minutos com a mochila às costas para ir para a escola, e, já agora, que não me chateie muito.
Conheço adultos a quem pedir isto seria como pedir um sacrifício enorme. Iriam virar-se para o lado, implorar por mais uns minutinhos, protestar, insultar-me, levantar-se de mau humor, demorar meia hora no banho e ainda dizerem que precisam de um café antes de estarem operacionais.
Mas eu quero que o meu filho acorde bem disposto, que não se distraia com brincadeiras parvas nem se ponha a jogar à bola com o mano, que esteja feliz às 7.30 da manhã e cumpra todas as minhas instruções sem pestanejar.
Exigimos demais aos nossos filhos.
Exigimos que eles sejam em crianças como nós somos já em adultos. Exigimos que eles sejam melhores do que nós. Exigimos que eles sejam como nós sonhámos. (e não estou só a falar de um acordar animado).
Policio-me todos os dias para evitar ser assim. Mas nem sempre sou bem sucedida.
Eu, por exemplo, exijo todos os dias a uma criança de quatro anos que se levante às 7.30, que coma os seus cereais sem grande estrilho, que se vista rapidamente, de preferência sozinho, que se despache para sair de casa às 8.15 ou pouco mais, que ande a pé durante dez minutos com a mochila às costas para ir para a escola, e, já agora, que não me chateie muito.
Conheço adultos a quem pedir isto seria como pedir um sacrifício enorme. Iriam virar-se para o lado, implorar por mais uns minutinhos, protestar, insultar-me, levantar-se de mau humor, demorar meia hora no banho e ainda dizerem que precisam de um café antes de estarem operacionais.
Mas eu quero que o meu filho acorde bem disposto, que não se distraia com brincadeiras parvas nem se ponha a jogar à bola com o mano, que esteja feliz às 7.30 da manhã e cumpra todas as minhas instruções sem pestanejar.
Exigimos demais aos nossos filhos.
Exigimos que eles sejam em crianças como nós somos já em adultos. Exigimos que eles sejam melhores do que nós. Exigimos que eles sejam como nós sonhámos. (e não estou só a falar de um acordar animado).
Policio-me todos os dias para evitar ser assim. Mas nem sempre sou bem sucedida.
Labels: Filhos
9 Comments:
Exigimos que eles estejam preparados para um mundo não menos exigente,Quando se conseguem automatizar as ditas "Exigências"; o que se consegue com uma boa dose de criatividade, e persistência, deixa de ser um policiamento ou algo doloroso.
Elsa
Bolas...há dias em que dou por mim a pensar nisso mesmo, que quero que as manhãs sejam perfeitas e que a minha filha de 5 anos feitos há duas semanas se comporte como uma menina grande, logo desde as 8h da manhã até às 21.30h que é quando se vai deitar, sem birras, a obedecer, a comer, o que seja...mas com 5 anos ainda são uns bebés grandes...o pior é que amanhã faço tudo igual, e ralho igual se ela não se despacha ou se fica mais um minuto na cama.
É verdade, dito assim soa muito duro... as crianças têm o direito de ser crianças, mas as obrigações da vida começam bem cedo.
Exijo aos meus o que exijo a mim. Não tenho nenhuma referência melhor.
Parei para pensar! Só tenho isto a dizer...este post fez-me parar!
Gostei de ler-te. è isso mesmo...exigimos demais!:(
Concordo com tudo. E com a última frase então não me podia identificar mais! Parabéns pelo blog, gosto imenso de cá vir :)
Não podia concordar mais. Ando, por vezes (mais do que aquelas que gostaria...), tão envolta no quotidiano e naquilo que exigem e esperam de mim que quando paro, reparo que de facto, exigo demasiado delas... é tão verdade!
Tens toda a razão. Aquilo que exigimos de crianças tão pequenas.
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